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As 3 Mulheres Alagoana.

As 3 Mulheres Alagoana.

Ex-prefeita de Cacimbinhas e matriarca de uma das famílias mais tradicionais da política alagoana, Dona Noêmia Wanderley tinha sete anos de idade na época em que o bando de lampião invadiu a cidade e matou a tiros o seu avô, um primo e um empregado da fazenda.

Hoje, com 89 anos de idade, Dona Noêmia ainda lembra do triste episódio, ocorrido no ano de 1936, na Fazenda Manibu, de propriedade de seu avô Antônio da Costa Ferro.

A matriarca relatou os detalhes da chacina, na manhã desta quarta-feira (14), na casa em que ocorreu a tragédia familiar, durante entrevista para a equipe de produção do documentário audiovisual Raízes de Arapiraca.

Idealizado pelo deputado estadual Ricardo Nezinho, o projeto teve sua primeira etapa lançada, no ano passado, com o relato de 40 nativos e antigos moradores que ajudaram a construir a história da terra de Manoel André, o fundador de Arapiraca vindo da cidade de Cacimbinha

Matriarca de Cacimbinhas lembra de chacina praticada por bando de Lampião.


ROSA DA FONSECA: matriarca da família Fonseca, criou seus filhos dentro do espírito do civismo, tendo incentivado 5 deles para a lutarem na Guerra do Paraguai, onde 3 foram mortos em batalha e outros dois se destacaram pela bravura, dentre eles, Marechal Deodoro, o proclamador e o primeiro presidente da República. Em uma passagem do livro “Gogó das Emas:a participação das mulheres na história do Estado de Alagoas” (Imprensa Oficial, 2004, p. 46), há um belo relato:
Conta-se que enquanto se comemorava a vitória de Itororó com grandes manifestações públicas no Rio de Janeiro, Rosa recebia o boletim com a notícia da morte dos filhos. Nem por isso deixou de homenagear as tropas, estampando a bandeira nacional em uma das janelas de sua casa. E quando pessoas amigas chegaram para lhe dar os pêsames, teria afirmado: “Sei o que houve, talvez até Deodoro mesmo esteja morto. Mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã chorarei a morte deles”. E de fato chorou por três dias, fechada em seu quarto”


Dona Ana Maria José Lins, figura lendária nas lutas de 1817-1824. Era filha do sargento Mor da Cavalaria de Porto Calvo, João Lins de Vasconcelos, senhor do engenho do meio, e de Dona Ignez de Barros Pimentel,e tida como descendente de Cristovão Lins nasceu na cidade de Porto Calvo. Casou-se com Lourenço Bezerra da Rocha, senhor do engenho Sinimbu, atual usina Caeté,no município de São Miguel dos Campos em fins do século XVIII.O casal teve as filhas:D. Mariana D. Antonia Arnalda Bezerra da Rocha.Com falecimento do seu marido a viúva e proprietária do engenho sinimbu casaram-se Manuel Viera Dantas,oriundo de antigas famílias dos sertões do São Francisco. Comerciante de gado,também viúvo e com uma filha,Maria Catarina. O casamento deu-se no início do século XIX e tiveram o casal seis filhos:Manuel Duarte Ferreira Ferro (Barão do Jequiá), Francisco Frederico da Rocha Viera,D. Ana Viera de Albuquerque Maranhão (Baronesa de Atalaia), D. Francisca Viera Lins, João Lins Viera Cansanção de Sinimbu (Visconde de Sinimbu) e Dr. Ignácio Viera de Barros Cajueiro. Durante algum tempo, seu marido e o seu filho, Frederico tiveram que viver foragidos, longe dos canaviais miguelenses, enquanto isso em 1824, ela ao lado do filho, via cair a última trincheira da república do Equador, batidos e cercados pelas tropas imperiais, entrincheiraram-se na casa grande do engenho Sinimbu, envolva em chamas e resistiram até o último tiro. Renderam-se finalmente e foram recolhidos, mãe e filho a cadeia pública de Alagoas, a antiga capital da comarca, depois foram soltos pela anistia do país e voltaram para São Miguel dos Campos reconstruíram de novo o seu engenho, onde tudo voltou a ser como antes. Essa brava guerreira, ficou conhecida dentro da história de São Miguel dos Campos, como a Heroína miguelense. Morreu em 27 de abril de 1839, em terras miguelenses.

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